Operação Ferrovia Segura, deflagrada na última segunda feira (15), nas cidades de Cubatão, São Vicente e Santos prendeu 13 pessoas suspeitas de envolvimento no roubo de carga em ferrovias da região. Dentre os suspeitos presos um é funcionário da Rumo logística empresa que atua no transporte de cargas por ferrovia e que vem sendo vítima dos ataques. Foram 9 mandados de prisão preventiva e 4 prisões em flagrante no decorrer da operação que teve como foco principal os bairros da Vila Natal e Vila Esperança em Cubatão. Além das prisões efetuadas outros 11 veículos foram apreendidos por suspeita de uso nos roubos.
O funcionário da Rumo, preso na operação, atuava na empresa desde 2019 e era responsável pelo setor operacional, assim passava informações privilegiadas aos comparsas.
Segundo a Polícia Civil, as cargas roubadas eram transportadas para depósitos nas cidades de São Vicente e Praia Grande, foram mais de 600 toneladas de grãos roubados além de milhares de litros de diesel, gerando um prejuízo estimado de R$3 milhões para as empresas.
“Uma ação tão complexa que eles [os criminosos] vêm desenvolvendo dificilmente vai ocorrer sem a ajuda de funcionários. Hoje, inclusive, um deles foi preso. […] Pretendemos verificar se outros funcionários estão envolvidos, na facilitação, [que seria o ato de] mencionar horários que o trem ‘desce’ e o tipo de carga que ele está trazendo”, explicou o delegado Fabio Guerra, do 1º DP de Cubatão.
Em nota a empresa RUMO se manifestou:
“A concessionária vem colaborando com as autoridades, e o fruto do trabalho de inteligência investigativa da polícia resultou na prisão de 15 pessoas [13, segundo a corporação], entre elas um colaborador da empresa”.
Ainda de acordo com a Rumo, a “ação de hoje foi mais uma etapa bem-sucedida da aproximação da empresa com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), e integra os investimentos feitos em tecnologias aplicadas à Segurança Corporativa com as investigações e ações de repressão que são de competência da Polícia Civil”.
Por fim, a concessionária afirmou que está sofrendo, junto com o setor ferroviário, “frequentes ataques de uma rede criminosa que saqueia cargas e vandaliza trens das empresas ferroviárias. Essas ações afetam não apenas as empresas, mas também o fluxo de escoamento da produção no Porto de Santos e a economia do país, além da segurança da comunidade do entorno da operação ferroviária”.