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Soldador acusado de tentar matar supervisor diz que era perseguido e humilhado, mas nega participação no crime.

O soldador de 43 anos, acusado de envolvimento em uma tentativa de homicídio contra seu ex-chefe, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva após audiência de custódia realizada na manhã do último sábado (10). O incidente ocorreu em Cubatão, na Baixada Santista, e a defesa do acusado alega que ele não teve intenção de cometer o crime e promete recorrer da decisão.

 

O soldador foi preso na última sexta-feira (9), após se envolver em um acidente de trânsito, ocorrido momentos depois da tentativa de homicídio na Rua João Damazo, no bairro Parque Fernando Jorge. De acordo com a Polícia Civil, um homem desconhecido tentou atirar contra o ex-supervisor do acusado e fugiu no carro que o soldador dirigia. A vítima e colegas de trabalho reconheceram o veículo durante a fuga, levando à prisão do soldador após o acidente. O suposto atirador, entretanto, não foi localizado.

 

O advogado de defesa, Júnior Dantas, afirmou que o soldador não tinha a intenção de matar o ex-supervisor e que ele nem sequer planejou algo contra a vida da vítima. Segundo Dantas, o acusado não portava arma de fogo e nega que tenha havido disparos. “Meu cliente sequer saiu do carro e não teve contato com a vítima. Foi uma terceira pessoa, e não entendemos o motivo da conversão da prisão para preventiva”, argumenta o advogado.

 

Dantas também destacou que o ex-funcionário foi até o local apenas para conversar sobre sua demissão, alegando que não há provas materiais que sustentem as acusações. Ele ainda afirmou que o soldador sofria perseguições e humilhações no trabalho por parte do ex-supervisor. Segundo Dantas, o supervisor tem histórico de desavenças com outros funcionários da área industrial e tendia a favorecer trabalhadores de fora da região, em detrimento dos locais.

 

Sobre o suposto atirador, o advogado explicou que seu cliente o conheceu em um bar, onde, após uma conversa sobre sua situação, o homem teria “tomado as dores” do soldador. Ainda sob o efeito de álcool, eles decidiram confrontar o supervisor no dia seguinte. Durante a fuga após o incidente, o suposto atirador aproveitou a ativação do airbag no carro para escapar, deixando o soldador sozinho no veículo.

 

O caso foi registrado como tentativa de homicídio e o soldador foi preso em flagrante. O veículo, um Fiat Toro branco, foi apreendido e encaminhado para perícia no Instituto de Criminalística, enquanto o celular do acusado também foi recolhido para investigação. O comparsa, até o momento, não foi identificado.

 

Fonte: Atribuna.

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