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Vacinação contra bronquiolite começa em novembro e deve reduzir internações pela metade.

A campanha de vacinação contra a bronquiolite tem início previsto para novembro e promete reduzir em até 50% o número de internações por complicações respiratórias em crianças, segundo especialistas.

A bronquiolite é uma infecção viral que provoca inflamação nos bronquíolos — pequenas vias respiratórias dos pulmões — e atinge principalmente bebês e crianças com menos de dois anos. O principal agente causador é o vírus sincicial respiratório (VSR).

Os sintomas iniciais são semelhantes aos de um resfriado comum, com coriza e congestão nasal que podem durar de dois a quatro dias. Em casos mais graves, o quadro evolui para respiração acelerada e desconforto respiratório.
A infectologista pediátrica Carolina Brites alerta para sinais de agravamento, como sonolência excessiva, gemência, coloração arroxeada nas extremidades, mucosas pálidas e pausas na respiração.

“Quando o bebê nasce, o sistema imunológico ainda é imaturo. Com a vacina, o organismo reconhece o agente, cria anticorpos e desenvolve imunidade contra a doença”, explica a médica.

De acordo com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela gestão do Hospital Municipal de Bertioga, os casos de bronquiolite vêm aumentando na região. Em 2023, foram registrados 328 casos em crianças de até 12 anos. No ano seguinte, o número subiu 142,3%, totalizando 795 casos. Já em 2025, até o momento, são 388 registros.

Em São Vicente, a prefeitura informou que não houve casos em 2023. Em 2024, foram 14 registros, e neste ano o número já chegou a 30.
Em Santos, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e VSR são contabilizados em conjunto: foram 41 notificações em 2023, 42 em 2024 e 108 em 2025, demonstrando um aumento expressivo.

Profissionais de saúde de Santos receberão treinamento com o laboratório Pfizer, responsável pela vacina Abrysvo, aprovada em abril de 2024. O imunizante será aplicado em gestantes, com o objetivo de proteger os bebês ainda durante a gestação.

A vacina será aplicada em dose única e deve começar a ser distribuída na segunda quinzena de novembro, chegando ao SUS (Sistema Único de Saúde) até dezembro.

Carolina Brites reforça a importância do aleitamento materno e de medidas simples de prevenção, como evitar aglomerações e contato com pessoas nos primeiros meses de vida.

“A vacinação é uma das principais formas de prevenção. Além das mães e bebês, toda a rede de apoio deve manter as vacinas em dia, especialmente as respiratórias”, conclui a especialista.

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Almir Anhas

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