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Nova era para a Baixada Santista: túnel e aeroporto colocam região na rota do desenvolvimento

Guarujá se prepara para receber duas grandes obras que prometem transformar a mobilidade, o turismo e a economia regional.

Após décadas de expectativa, dois projetos aguardados pela população da Baixada Santista começam a se tornar realidade. O Aeroporto Civil Metropolitano, instalado na Base Aérea de Santos, está em fase final de obras e deve ser inaugurado no início de 2026. Já o túnel imerso Santos–Guarujá, uma das obras mais aguardadas da história do litoral paulista, será licitado nesta sexta-feira (5).

Esses empreendimentos marcam o início de um novo ciclo de desenvolvimento para a região. O túnel submerso entre Santos e Guarujá vai reduzir drasticamente o tempo de deslocamento entre as cidades, facilitando a vida de milhares de trabalhadores que dependem da travessia diária por balsas. A obra também vai beneficiar o Porto de Santos, otimizando o escoamento de cargas e reduzindo custos logísticos.

Conectividade e turismo em expansão

O novo aeroporto ampliará as conexões aéreas da Baixada Santista, abrindo espaço para voos regionais e impulsionando o turismo. A estrutura deve atrair visitantes, movimentar o comércio, gerar empregos e fortalecer a rede hoteleira. Além do impacto no turismo, a operação do terminal também beneficiará profissionais e empresas do setor portuário e naval, fortalecendo o papel econômico da região no Estado.

Ambas as obras são financiadas pelo Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com parceria entre o Governo Federal, o Governo do Estado de São Paulo e acompanhamento do Ministério de Portos e Aeroportos.

De acordo com o ministro Silvio Costa Filho, os dois projetos representam um marco para o litoral paulista e para o país.

“O aeroporto de Guarujá e o túnel Santos–Guarujá vão fortalecer a economia, gerar oportunidades e colocar a Baixada Santista em um novo patamar de integração e competitividade”, destacou.

Etapas e investimentos

A primeira fase do Aeroporto Civil Metropolitano foi concluída em abril, com a entrega de uma pista de pouso e decolagem de 1.390 metros — maior que a do Santos Dumont, no Rio de Janeiro. A etapa incluiu também o sistema de drenagem, barreiras de proteção e pistas de táxi.
Na segunda fase, em andamento, estão sendo construídos o terminal de passageiros, áreas de embarque e desembarque, saguão, banheiros e balcões de check-in. O investimento total nas duas etapas soma aproximadamente R$ 26,8 milhões.

Após o término das obras, o aeroporto passará por homologação junto aos órgãos competentes e deve iniciar voos comerciais no primeiro semestre de 2026.

Mobilidade e integração regional

O Túnel Imerso Santos–Guarujá terá 1,5 km de extensão, sendo 870 metros submersos, com seis faixas de tráfego, ciclovia, passagem para pedestres e espaço reservado para o futuro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Atualmente, a travessia entre as duas cidades é feita por balsa, com tempo médio que varia de 20 minutos a algumas horas, dependendo do movimento portuário e das condições climáticas.

Com o novo túnel, a travessia será permanente, segura e ágil, reduzindo o trânsito e aumentando a integração entre os municípios. A estimativa é que mais de 9 mil empregos diretos e indiretos sejam gerados durante a construção, considerada um marco da engenharia nacional.

A licitação da obra ocorre nesta sexta-feira (5), na sede da B3, em São Paulo. O investimento total é estimado em R$ 6,8 bilhões, com contrato de concessão de 30 anos, que prevê a construção, operação e manutenção da estrutura.

O projeto é considerado pioneiro no Brasil e deve consolidar a Baixada Santista como um dos principais polos logísticos e turísticos do país.

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Almir Anhas

http://cubataonoticias.com

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