A manhã deste sábado (23) foi marcada por susto e preocupação em Cubatão (SP). Um balão de aproximadamente seis metros de altura caiu dentro da área da Usiminas, uma das maiores empresas siderúrgicas da região, mobilizando equipes de segurança e a Polícia Militar. O episódio acendeu o alerta para o risco que esses artefatos representam, já que soltar balões é crime ambiental previsto na legislação brasileira.
Balão cai dentro da Usiminas em Cubatão
De acordo com informações da Polícia Militar, a queda ocorreu por volta das 7h40. Um funcionário da Usiminas presenciou o momento em que o balão desceu rapidamente e acionou os bombeiros civis da empresa.
Após avaliação, os profissionais constataram que não havia risco imediato de incêndio, mas, pela dimensão do objeto — cerca de seis metros —, a PM foi chamada e apreendeu o balão. A ocorrência foi registrada como crime ambiental no 1º Distrito Policial de Cubatão.
Em nota, a Usiminas informou que o balão caiu em uma área não operacional e sem circulação de pessoas, reforçando que não houve feridos.
Outro caso em Mongaguá
No mesmo dia, um segundo balão caiu em Mongaguá, no bairro Agenor de Campos, atingindo um poste de energia elétrica na Rua Santa Cecília. O impacto interrompeu o fornecimento de energia por cerca de 40 minutos, segundo a concessionária Neoenergia Elektro.
Imagens feitas por moradores mostram o balão muito próximo a um transformador, aumentando ainda mais a sensação de risco entre os vizinhos. Apesar do susto, ninguém se feriu.
Balão é flagrado no céu em Guarujá
Ainda pela manhã, motoristas que passavam pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni, próximo ao pedágio Piaçaguera-Guarujá, registraram um balão no céu descendo em direção à pista. Não há confirmação se esse foi o mesmo que caiu na Usiminas, mas testemunhas relataram que ele descia em grande velocidade, assustando quem trafegava pelo local.
Crime ambiental e riscos à população
De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), soltar balões é prática proibida, com pena de detenção de um a três anos, além de multa. Mesmo quando não há incêndio, os riscos de quedas sobre áreas residenciais, empresas, rodovias ou rede elétrica são altos, podendo causar graves acidentes.
Especialistas reforçam que, além de crime, a prática coloca em perigo vidas humanas e o patrimônio público e privado.