Um crime bárbaro chocou os moradores de Praia Grande no início de setembro. O caso, que ficou conhecido como o “Mistério da Mala”, teve início com uma descoberta macabra feita por crianças em um terreno baldio e terminou com a prisão e confissão do autor, companheiro da vítima.
Descoberta macabra
No dia 4 de setembro, crianças que brincavam em um terreno baldio na Rua Joaquim Felício dos Santos, no bairro Ribeirópolis, encontraram uma mala encostada em uma parede. Ao mexerem no objeto, acharam um papel com uma senha de abertura. A Polícia Militar foi chamada e, ao abrir a mala, encontrou o corpo de uma mulher.
A cena de impacto chamou atenção de toda a vizinhança. O local foi isolado para o trabalho da perícia, enquanto surgiam as primeiras suspeitas de feminicídio.
Identificação da vítima
Dias depois, a vítima foi identificada como uma mulher de 46 anos. A confirmação veio através de exame papiloscópico realizado pelo Instituto de Identificação “Ricardo Gumbleton Daunt” (IIRGD), que utilizou o sistema LEAD/AFIS.
Com a identidade confirmada, as investigações avançaram.
O suspeito
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Praia Grande logo chegou ao principal suspeito: o companheiro da vítima, de 49 anos, que já tinha histórico de violência doméstica e medidas protetivas expedidas anteriormente.
Na casa dele, peritos encontraram vestígios de sangue humano em um cômodo aparentemente limpo, identificados com o uso de luminol. A descoberta reforçou as suspeitas contra o homem.
Prisão e confissão
Diante das provas, a Justiça decretou a prisão temporária do suspeito. No primeiro momento, ele negou participação no crime, mas acabou se contradizendo nos depoimentos. Pressionado, confessou o assassinato em detalhes e revelou onde havia escondido a faca utilizada, depois localizada pela polícia.
Feminicídio e comoção
O caso provocou forte comoção em Praia Grande, não apenas pela brutalidade do crime, mas também porque a vítima já havia buscado proteção contra o agressor em outras ocasiões.
Agora, com a prisão do autor e a confissão, o inquérito segue para a Justiça, que será responsável por levar o acusado a julgamento.
O “Mistério da Mala” revelou não apenas um crime cruel de feminicídio, mas também uma realidade triste e recorrente: a violência contra mulheres que, mesmo amparadas por medidas protetivas, ainda encontram dificuldades para garantir sua segurança.