A Cachoeira do Véu da Noiva, localizada em Cubatão (SP), enfrenta o iminente fechamento pela Fundação Florestal do Estado de São Paulo a partir do próximo dia 20 de maio. A medida é uma resposta ao estado de abandono que assola a área do Parque Perequê. Segundo relatos recebidos pela equipe de reportagem do Cubatão Notícias, a região encontra-se desprovida de serviços de conservação, tornando-se um cenário frequente para furtos e consumo de substâncias ilícitas.
Nesse contexto, a Associação de Monitores Ambientais do Pinheiro do Miranda (Amap), composta por monitores independentes que atuam no local, lançou um abaixo-assinado demandando a revitalização do parque.
Augusto Guerra, monitor ambiental de 32 anos, ressalta que a Fundação Florestal oficializou a área da cachoeira como ponto turístico, sendo a concessão da área para a Prefeitura de Cubatão até 2042 realizada pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emep), sob a condição de manutenção da ordem no parque. No entanto, o cumprimento dessas diretrizes tem sido negligenciado. Augusto relata: “Está tudo abandonado. Não há banheiros, apenas furtos, consumo de drogas e vandalismo. Veículos têm seus vidros quebrados e são saqueados. Na semana passada, dois indivíduos foram detidos por posse ilegal de arma, e nós, monitores ambientais, sofremos as consequências, pois a prefeitura não realiza fiscalização alguma”.
Em resposta, a Prefeitura de Cubatão esclareceu que a área do Parque do Perequê, de sua competência, estende-se do primeiro acesso até o segundo portão, sendo uma área pública. A partir do segundo portão, o acesso à cachoeira é controlado e fiscalizado pelo Estado.
A administração municipal afirmou estar em processo de reconstrução do sistema de cercamento e do portão de acesso, além de iniciar a reforma da casa de abrigo para o controlador de acesso.
Quanto às questões de manutenção, a prefeitura destacou sua colaboração com as Secretarias de Meio Ambiente, Manutenção Urbana e Segurança Pública e Cidadania para conter as investidas frequentes dos vândalos, que se aproveitam da distância do local para agir.
