Mudança no insumo usado na hemodiálise reduz custos, libera espaço no estoque e aumenta a segurança do paciente
Uma mudança simples, mas estratégica, está garantindo uma economia estimada em R$ 135 mil por ano no Hospital Municipal de Cubatão (HMC). O motivo: a substituição do bicarbonato de sódio líquido pelo mesmo insumo em pó nas sessões de hemodiálise.
A ideia começou a tomar forma em maio de 2025, quando o supervisor de almoxarifado Thiago Brito identificou dificuldades no armazenamento, transporte e descarte dos galões de 5 litros usados até então. O volume ocupava muito espaço, exigia cuidados extras e trazia desafios logísticos. Thiago sugeriu a troca pelo produto em pó, mais compacto e prático, e rapidamente o setor técnico avaliou que a mudança não impactaria a qualidade do tratamento. A proposta foi aprovada e implementada.
Menos insumo, menos resíduos e mais segurança
Com a substituição, o HMC passou a utilizar menor quantidade de insumo por sessão, reduziu significativamente o volume de embalagens e ganhou espaço nos estoques. O bicarbonato em pó também oferece risco muito menor de contaminação, elevando a segurança no preparo da solução usada na hemodiálise.
A inovação, simples à primeira vista, trouxe impacto direto na rotina da unidade: “A mudança gerou economia, ampliou a segurança do paciente e reforça nosso compromisso com a sustentabilidade”, destacou o secretário municipal de Saúde, Márcio Oliveira. “É um exemplo claro de como boas ideias podem surgir do olhar atento de quem vive o dia a dia dos setores.”
Economia em duas etapas
De acordo com a Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD), entidade que administra o hospital por contrato de gestão, a iniciativa foi “simples, mas estratégica”. Estudos internos apontam que a troca reduziu em 40% os custos com bicarbonato de sódio — um insumo essencial para o procedimento.
A economia veio em duas fases:
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1ª etapa: substituição da solução líquida pelo bicarbonato em pó;
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2ª etapa: mudança nas embalagens de 650g para 900g, aumentando o custo-benefício.
Apenas nesta segunda fase, o hospital passou a economizar R$ 3,6 mil por mês, o equivalente a R$ 44 mil por ano. Quando comparado ao antigo insumo líquido, a economia chega aos R$ 11 mil mensais — somando os aproximados R$ 135 mil anuais.
Sustentabilidade e melhoria contínua
Para a gerente administrativa do HMC, Angélica Ferreira Brito, o impacto vai além da economia. “Resolvemos um problema de armazenamento, aumentamos a segurança dos pacientes e reduzimos o uso de embalagens. Isso gera recursos que podem ser revertidos em melhorias para o hospital e reforça nosso compromisso com a sustentabilidade”, afirmou.
A mudança está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, adotados por 193 países e incorporados às metas do município de Cubatão.
A SBCD destaca ainda o papel dos colaboradores no aprimoramento contínuo da gestão. “A proatividade de um funcionário gerou benefícios diretos à administração, à sustentabilidade e à população atendida. Nosso compromisso é sempre com a melhoria dos serviços”, concluiu Angélica.







