Um passageiro foi esfaqueado após uma discussão dentro de um ônibus intermunicipal que fazia o trajeto entre Praia Grande e Santos, no litoral de São Paulo. O caso ocorreu por volta das 18h de sábado (13), na linha 934, operada pela Viação Piracicabana.
Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima apresentava sinais de embriaguez, recebeu atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Quietude, mas se recusou a registrar ocorrência. Ninguém foi detido.
Discussão dentro do coletivo
De acordo com testemunhas, o homem esfaqueado entrou no ônibus acompanhado do irmão e começou a importunar os passageiros. Em determinado momento, ele passou a trocar insultos com outro passageiro, que reagiu às provocações.
Durante a discussão, a vítima sugeriu que ambos descessem para “resolver as coisas lá fora”. Ao descer próximo ao Instituto Neymar, o homem de azul — que provocava os demais passageiros — deu um chute nas costas do outro envolvido.
O passageiro agredido reagiu retirando um canivete do bolso e golpeando a perna do agressor. “Ele ficou furioso e chegou a bater na porta do ônibus para tentar alcançá-lo”, relatou uma testemunha.
Confusão e tensão entre passageiros
Ainda segundo os relatos, o irmão da vítima dormia durante boa parte da viagem, mas, após o esfaqueamento, passou a ofender passageiros e o motorista. “Ele queria bater no motorista, que precisou se defender enquanto dirigia. Foi um livramento”, contou outra testemunha.
A vítima perdeu bastante sangue e foi atendida pela PM ainda dentro do coletivo, antes mesmo de chegar à UPA. O médico informou que o ferimento era superficial. Apesar disso, o homem se recusou a registrar ocorrência e chegou a hostilizar os policiais e funcionários da unidade de saúde.
Sem registro na delegacia
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que o caso não foi registrado em delegacia. A Prefeitura de Praia Grande informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não chegou a ser acionado.
A empresa Viação Piracicabana, responsável pela linha, foi procurada, mas não respondeu até a última atualização desta reportagem.