A Unipar celebrou nesta segunda-feira (15) a entrega do maior projeto de modernização industrial de sua história na fábrica de Cubatão. Com investimento superior a R$ 1 bilhão, a unidade passou a operar 100% com tecnologia de células de membrana, tornando-se a maior planta desse tipo da América do Sul e elevando o patamar de competitividade, eficiência e sustentabilidade da indústria química instalada na cidade.
Marco histórico, impacto local e parceria institucional
Logo na abertura do evento, o CEO da Unipar, Rodrigo Cannaval, destacou o significado estratégico da entrega do projeto.
“É um dia de muita alegria para a Unipar. Celebramos a conquista desse projeto de modernização da fábrica de Cubatão, que trabalha eficiência, competitividade e sustentabilidade. É um projeto com um conteúdo tecnológico muito importante, viabilizado por parcerias internacionais e também pelo apoio fundamental do BNDES, que permitiram a conclusão desse investimento aqui em Cubatão”, afirmou.
Na sequência, o prefeito de Cubatão, César Nascimento, ressaltou o impacto direto do investimento para o município e para a população.
“Cubatão vive hoje um novo momento. Esse investimento da Unipar mostra que é possível conciliar desenvolvimento industrial, geração de empregos e responsabilidade ambiental. A modernização da planta fortalece a economia da cidade e traz mais segurança e qualidade de vida para a população”, disse.
Tecnologia limpa, ganhos ambientais e avaliação da CETESB
A modernização substituiu integralmente as tecnologias baseadas em mercúrio e diafragma pelo uso exclusivo de células de membrana, atualmente consideradas o método mais eficiente, seguro e de menor impacto ambiental para a produção de cloro e soda. Com isso, a planta de Cubatão passa a operar totalmente alinhada à Convenção de Minamata, que prevê a eliminação do mercúrio em processos industriais.
Com a nova tecnologia, a unidade passa a reduzir cerca de 70 mil toneladas de emissões de CO₂ em comparação ao ano base de 2020, resultado da diminuição de aproximadamente 40% no consumo específico de energia para cada tonelada de cloro produzida. Considerando o consumo total da fábrica, a redução energética chega a 18%. A iniciativa também elimina 150 toneladas anuais de resíduos industriais.
A modernização também foi destacada pela CETESB. O presidente do órgão ambiental, Tomás Toledo, ressaltou que a retirada do mercúrio do processo produtivo representa um avanço direto para a saúde pública e para a segurança ambiental de Cubatão.
“A gente deixa de trabalhar com uma substância com potencial poluidor, que é o mercúrio, que pode trazer sérios problemas para a saúde das pessoas em caso de acidente. O novo processo produtivo não utiliza mais o mercúrio”, afirmou.
Competitividade, energia limpa e geração de empregos
Além dos ganhos ambientais, o projeto amplia a competitividade da Unipar ao reduzir custos fixos e variáveis, aumentar a eficiência operacional e possibilitar um incremento de até 5% na entrega de produtos, sem alteração da capacidade nominal instalada.
A fábrica de Cubatão também é abastecida por energia renovável, proveniente de parques eólicos e solares de autoprodução da companhia, o que possibilita a geração de hidrogênio verde utilizado no processo produtivo.
Durante a fase de construção e montagem, o empreendimento gerou mais de 1,2 mil empregos diretos e indiretos, impulsionando o desenvolvimento econômico da região. O projeto contou com financiamento de R$ 672,9 milhões do BNDES, por meio de linhas voltadas à eficiência energética e à transição para tecnologias de baixo carbono, além de recursos internacionais via agência de crédito à exportação.
Novo patamar industrial para Cubatão
Com a conclusão da modernização, Cubatão consolida mais um passo na transformação do seu parque industrial, aliando desenvolvimento econômico, inovação tecnológica e proteção ambiental, e reforçando sua posição como um dos principais polos industriais do país.
