Adolescentes e jovens de 15 a 19 anos podem se vacinar contra a HPV (Papiloma Vírus Humano) até o final do primeiro semestre de 2026, em 30 de junho. O prazo terminaria em 31 de dezembro, porém o Ministério da Saúde definiu pela manutenção da estratégia voltada para as pessoas dessa faixa etária que por algum motivo deixaram de se imunizar na idade indicada, dos 9 aos 14 anos.
A vacina contra o vírus HPV é o meio mais eficaz de prevenir diversos tipos de câncer: câncer de colo do útero, vulva, pênis, ânus, boca e orofaringe. O HPV é um vírus que costuma infectar a pele e mucosas, inclusive as áreas genitais e regiões da garganta. A vacina é segura, recomendada para adolescentes dos dois sexos e distribuída gratuitamente pelo SUS.
Em Cubatão, a vacina está disponível nas unidades de Saúde com salas de vacina, das das 9 às 16 horas (ver abaixo). É importante levar CPF e cartão de vacina. Quem for menor de idade deve estar acompanhado por um dos pais ou por responsável. As unidades de saúde funcionam no dias 22, 23, 26, 29 e 30 de dezembro. Após o réveillon, retomam o atendimento em 5 de janeiro.
Chamada de Estratégia de Resgate dos Não Vacinados com a Vacina HPV, a vacinação da faixa etária de 15 a 19 anos garante os seguintes benefícios com a vacina:
- Proteção contra infecções por tipos de HPV de alto risco;
- Prevenção de verrugas e lesões genitais/análogas;
- Proteção coletiva (de comunidade): quanto maior o número de pessoas vacinadas, menor a circulação do vírus — o que beneficia toda a população.
- Oportunidade de proteção tardia, mas valiosa: mesmo que o ideal seja vacinar antes do início da vida sexual, garantir a imunização protege contra infecções ainda não adquiridas.
Dez mitos – O preconceito contra a vacina ainda é muito forte, e por isso a Secretaria de Saúde de Cubatão reproduz a seguir material produzido pelo Instituto Butantan em que o pediatra e gestor médico de Desenvolvimento Clínico do Butantan, Mário Bochembuzio, responde as 10 principais notícias falsas sobre a vacina contra o HPV:
- A vacina incentiva o início da atividade sexual.
FALSO. Não há qualquer estudo que mostre que jovens vacinados começam a ter relações sexuais mais cedo. Essa suposta correlação não tem qualquer comprovação científica ou estatística. A vacinação é um ato de cuidado com a saúde, e evita casos de câncer e outros problemas de saúde muito graves na juventude ou idade adulta. Como as crianças não têm autonomia para decidir, é importante que os pais entendam que a vacina é uma ferramenta essencial para proteger os filhos de doenças debilitantes e que podem levar a amputações e mortes.
- A vacina causa câncer.
FALSO. É exatamente o oposto: a vacina previne o câncer. O HPV pode causar câncer de colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus e orofaringe. Isso porque o Papilomavírus Humano é um grupo de ao menos 200 vírus diferentes, sendo os tipos 16 e 18 os mais agressivos. A vacina funciona de maneira inteligente e segura: ela é feita com Partículas Semelhantes ao Vírus (VLPs), que são como “capas” ocas do vírus, sem nenhum material genético dentro. Essas partículas não podem causar infecção nem câncer, mas ensinam o sistema imunológico a reconhecer e destruir o vírus verdadeiro caso a pessoa entre em contato com ele no futuro.
- A vacina não é segura para crianças e adolescentes.
FALSO. A vacina é muito segura para essa faixa etária. Além disso, é exatamente nessa idade (entre 9 e 14 anos) que a resposta do corpo à imunização é melhor. A vacina que está incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação desde 2014 e tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprova o uso de medicamentos e imunizantes no Brasil. Em seu documento Janeiro Verde: um alerta sobre a prevenção e a conscientização sobre o câncer de colo do útero, o órgão regulatório afirma que o imunizante é fiscalizado pelas vigilâncias sanitárias locais constantemente para garantir uma vacina segura e eficaz para a população.
- A vacina do HPV tem muito alumínio e faz mal
FALSO. A quantidade de alumínio na vacina é muito pequena e sua composição é validada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Aliás, o alumínio já é usado em muitos imunizantes há décadas como adjuvante – substância adicionada para melhorar a estabilidade do produto, ou seja, o aspecto da fórmula –, mas em quantidades tão pequenas que não faz mal à saúde. Doses pequenas de alumínio, mas maiores do que a utilizada como adjuvante vacinal, são ingeridas cotidianamente em alimentos e na água sem malefícios à saúde humana.
- Vacina em dose única é menos eficaz.
FALSO. Estudos recentes e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já mostraram que uma única dose da vacina oferece uma proteção forte e duradoura. Seguindo essa recomendação, o Ministério da Saúde adotou em 2024 o esquema de dose única para ampliar a vacinação e proteger um número ainda maior de jovens.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente a vacina contra o HPV para meninas e meninos entre 9 e 19 anos, com esquema de dose única. Outros grupos populacionais também podem se vacinar, como pessoas que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos entre 9 e 45 anos; vítimas de abuso sexual entre 15 e 45 anos que não tenham tomado a vacina; pacientes com papilomatose respiratória recorrente; e usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) com idade entre 15 e 45 anos.
- O HPV só causa câncer em mulheres, então homens não precisam da vacina
FALSO. Homens também são afetados pelo HPV e, por isso, vacinar os meninos protege a saúde deles e de pessoas com quem eles podem se relacionar intimamente no futuro. Um estudo de 2023 publicado na revista The Lancet Global Health mostra que quase um em cada três homens com mais de 15 anos de idade está infectado com pelo menos um tipo de papilomavírus humano (HPV) genital e um em cada cinco está infectado com um ou mais dos tipos de HPV conhecidos como de alto risco ou oncogênicos. O vírus pode causar câncer de pênis, ânus e garganta, além de verrugas genitais. Vacinar os meninos protege a saúde deles e de toda a comunidade.
- A vacina causa convulsões, problemas neurológicos ou perda de movimentos
FALSO. Mais de 15 anos de estudos mostraram que não existe nenhuma ligação entre a vacina do HPV e essas condições. Órgãos de saúde globais confirmam a segurança da vacina por meio de revisões sistemáticas feitas pelo Comitê Consultivo Global para Segurança de Vacinas (GACVS, na sigla em inglês), da OMS, de 2007 a 2015, e depois com atualizações mais recentes. As conclusões mostraram que as vacina contra HPV são seguras e eficazes, com riscos extremamente baixos e benefícios claros na prevenção de câncer. A recomendação global é continuar vacinando as pessoas elegíveis.
- A vacina causa infertilidade, esterilidade ou menopausa precoce
FALSO. Pelo contrário, a vacina protege a fertilidade, pois previne o câncer de colo do útero que, sim, pode causar infertilidade – assim como a própria infecção por HPV, que pode desempenhar um papel significativo na causa da infertilidade masculina e feminina, segundo um estudo recente publicado na Revista Europeia de Pesquisa Médica.
- A vacina aumenta o risco de coágulo no sangue (trombose)
É FALSO. Estudos rigorosos não encontraram nenhum aumento no risco de trombose (coágulos) em pessoas vacinadas em comparação com as não vacinadas. Um deles foi publicado na prestigiosa revista da Associação Médica Americana (JAMA), em 2014. O estudo avaliou os resultados da aplicação da vacina de HPV em 500 mil mulheres na Dinamarca, mostrando que a vacina não estava relacionada ao aumento de casos de tromboembolismo venoso (TEV) ou coágulo sanguíneo.
- A vacina causa reação anafilática
É MUITO RARO. Como qualquer vacina, existe um risco muito pequeno de reação alérgica grave (anafilaxia), ficando em torno de 0,65 a 1,53 por milhão de doses aplicada, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Por ser uma possibilidade na aplicação de qualquer vacina, os profissionais de saúde são treinados para lidar com essa situação rara e tratável.
ENDEREÇOS – A vacina contra o HPV e as demais vacinas do PNI estão disponíveis em Cubatão nas 15 unidades de Saúde do município com salas de vacina, de segunda a sexta-feira, das 9 às 16 horas, e também nas unidades que funcionam com horário ampliado até as 19 horas.
USF Vila Natal, Rua dos Cravos, 331;
UBS Jardim Casqueiro, Rua Espanha, s/nº;
USF Vila Nova, Rua São João, s/nº;
USF Vila São José, na Avenida Bandeirantes, s/nº;
USF Vila dos Pescadores, Rua Santa Júlia, s/nº;
USF Morro do Índio, Av. Principal, 3469, Vila Esperança;
USF Vale Verde, Rua Ver. Paulo Enos, s/nº;
USF Cota 95, Faixa do Oleoduto, s/nº, Pinhal do Miranda;
USF Cota 200, 2ª passarela da Via Anchieta KM 50, s/nº; e
USF Pilões, Caminho dos Pilões, 974.
USF Ilha Caraguatá, Rua Feud Farah, s/nº;
USF Área 5, Rua Manoel Leal, s/nº, Jardim São Francisco;
USF Mário Covas, Rua da Primavera, s/nº, Vila Natal;
USF Jardim 31 de Março, Rua Antônio Simões de Almeida, s/nº; e
USF Jardim Nova República/Bolsão, Av. Dep. Esmeraldo Tarquínio, s/n°.
A Prefeitura de Cubatão está alinhada aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Esta iniciativa integra o caminho proposto para efetivação da Agenda 2030: ODS 3 – Saúde e Bem-estar, ODS 10 – Redução das desigualdades, ODS16 – Paz, justiça e instituições eficazes. Conheça os ODS propostos em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs .








