O ultramaratonista Alexandre Sartorato, natural de Cubatão (SP), se prepara para mais um feito histórico. No final de março, ele dará início à sua 2ª Volta ao Mundo, partindo das Pirâmides de Giza, no Egito.
A jornada, que deve durar 180 dias, envolverá a travessia de continentes a pé, com uma média de mais de duas maratonas diárias e enfrentando temperaturas extremas, que variam de 50°C a -20°C.A nova expedição de Sartorato vai muito além do desafio físico.
O atleta quer usar essa experiência para dar visibilidade a causas urgentes, como o combate à fome, à miséria e ao racismo.
Preparação intensa e desafios anteriores
“Não é aceitável que esses problemas ainda existam no nosso planeta. Quero usar essa jornada para sensibilizar o mundo e incentivar mudanças”, declarou.
Sartorato vem se preparando há anos para essa façanha. Desde 2020, ele realiza desafios extremos para promover causas sociais. Entre eles, correu de Cananéia (SP) a Paraty (RJ) em apoio ao Natal Solidário, percorreu 1.000 km na esteira em nove dias para divulgar diversas iniciativas e atravessou o litoral de Santa Catarina apoiando os Médicos Sem Fronteiras. Além disso, completou 850 km em uma semana na esteira em prol das Aldeias Infantis SOS.Antes de sua primeira volta ao mundo, o atleta já havia percorrido os 5.330 km entre Oiapoque e Chuí em apenas 61 dias, ajudando a divulgar o Movimento Amanhã sem Câncer, do Instituto Nacional de Câncer. Em sua primeira volta ao mundo, que teve início no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, Sartorato apoiou a candidatura do monumento como uma das “7 Maravilhas do Mundo Moderno” e divulgou o trabalho das Aldeias Infantis SOS.
Durante essa travessia, ele percorreu cerca de 100 km por dia, usou 42 pares de tênis, consumiu mais de 2 mil litros de água, 600 litros de refrigerantes e mais de 100 quilos de macarrão.Expedição será documentadaDesta vez, uma equipe de cinema acompanhará sua jornada, produzindo um documentário sobre sua trajetória e seu legado.Natural de Cubatão, cidade que já foi considerada o “Vale da Morte” devido à poluição extrema no passado, Sartorato transformou sua história em um exemplo de superação e resiliência. Hoje, ele é uma inspiração global, provando que os limites podem ser superados em nome de um propósito maior.
A expedição tem o apoio do Instituto João Cláudio.
